quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Rio Covo Santa Eugénia

História


“De Sancta Eugenia de Couto da Várzea” é a designação com que Rio Covo Santa Eugénia aparecia nas Inquirições de 1220. Chegou a  pertencer ao Couto da Várzea, sendo padroado do Mosteiro daquela freguesia passando, depois da extinção daquela abadia – de acordo com Teotónio da Fonseca – a estar, entre outros, sob a alçada os do Convento dos Cónegos seculares de S. João Evangelista dos Lóios, do Porto.
O Padre António Carvalho, na sua Corografia Portuguesa, defende que Rio Covo Santa Eugénia chegou a pertencer ao couto de Guimarães e que os seus habitantes estariam obrigados a cumprir tarefas que deveriam ser dos moradores de Cunha e Ruílhe mas, ao que parece, esta informação não é confirmada nem sequer suportada por qualquer documentação.
A população da freguesia, no século XVI, era de 34 moradores e no século seguinte chegava já aos 70. No século XVIII, nas Memórias Paroquiais, foram registados 53 fogos e 163 habitantes, sendo menos de 50 as crianças com idade inferior a 14 anos. No século seguinte o número de habitantes era já de 296.
No coração da freguesia está situada a antiga igreja paroquial. Diz-se que a igreja anterior terá estado situada no lugar da Fonte, uma informação que é contrariada pelo Vigário Heitor Góis Barbosa, quando sustenta que apenas se registou uma reforma, em 1756, do templo actual. Seja como for, sabe-se, isso sim, que a capela-mor foi reconstruída posteriormente e benzida em 8 de Dezembro de 1760. Nada disto parece importar a muitos dos habitantes que se têm esforçado para recolher fundos e apoios para a construção de uma nova igreja paroquial, cujos arranjos exteriores se encontram já em fase de acabamento. O cemitério paroquial, esse, foi construído em 1887, mas, actualmente, a Junta de Freguesia realizou ali algumas obras de beneficiação. Do património da freguesia fazem parte ainda um cruzeiro, vários fontanários e um túmulo que actualmente está exposto no Museu da Arqueologia em Barcelos. 
Para além disso, há a destacar a imponente Casa da Torre, construída e projetada pelo arquitecto Marques da Silva e, sobretudo, a ponte metálica sobre o Cávado que veio substituir uma outra da autoria do célebre engenheiro francês, Gustavo  Eiffel.


Factos

Tipo- Junta de freguesia
Presidente-  Augusto Fonseca da Silva Dias
Total-  3,03 km2 
População-  1 399 pessoas  (em 2001)
Densidade- 461,7/km2 


Brasão   


Brasão  de Rio Covo Santa Eugénia



Brasão: escudo de prata, barra ondada de azul entre um cacho de uvas de púrpura, folhado de verde e um cesto de vime de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “RIO COVO – SANTA EUGÉNIA”.

Bandeira: verde. Cordão e borlas de prata verde. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Rio Covo – Santa Eugénia – Barcelos”.

Parecer emitido nos termos da Lei n.º 53/91, de 7 de Agosto.
Lisboa, 9 de Março de 1999. O Secretário da Comissão Heráldica José Bèrnard Guedes  por proposta da Junta de Freguesia a Assembleia de Freguesia, em reunião ordinária de 1999-05-14, estabelece por unanimidade, os símbolos heráldicos da freguesia, tendo em conta o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses. 1999-07-13 a pedido da Junta de Freguesia é publicado no Diário da República III Série n.º 161/99 o edital de aprovação dos símbolos heráldicos da freguesia. 2000-10-20 a Direcção Geral das Autarquias Locais comunica que os símbolos heráldicos da freguesia se encontram registados com o n.º 275/2000 de 30 de Outubro.


Lenda

Diz-se que ela era filha de Filipe, o "duque" de Alexandria e governador da província romana do Egito. Ela então fugiu de casa disfarçada de homem e foi batizada por Helenus, bispo de Heliópolis. Posteriormente ela se tornou um abade, ainda fingindo ser um homem. Continua a lenda que ela - ainda fingindo - curou uma mulher de uma doença e quando ela tentou se insinuar para Eugênia, ela a rejeitou e acabou sendo acusada falsamente deadultério em público. Ela foi levada à corte onde, ainda disfarçada, ela se encontrou com seu pai como juiz. No julgamento, sua verdadeira identidade feminina foi descoberta e ela foi perdoada. Seu se converteu para a fé cristã e se tornou bispo de Alexandria, o que incitou o imperador Valeriano a executá-lo. Eugênia e todos os que moravam com ela se mudaram então para Roma, onde converteram muitos para o cristianismo nascente, especialmente as donzelas, o que não impediu o seu martírio. Proto e Jacinto foram decapitados e Eugênia se seguiu, logo após ela ter tido - conforme a lenda - uma visão de Cristo num sonho afirmando que ela morreria na Festa de Natal. Ela foi decapitada em 25 de dezembro de 258.

Localização 

41° 31′ 42″ N, 8° 35′ 42″ W

Localização no mapa


Instituições
  • Grupo Folclórico Casa do Povo de Rio Covo Santa Eugénia
  • Grupo de Jovens
  • APESE -Associação Pais Escola Santa Eugénia
  • Confraria de Nossa Senhora das Vitórias
  • Núcleo Desportivo de Santa Eugénia
  • Associação Humanitária de Rio Côvo Stª Eugénia


Imagens da freguesia 


Campo de jogos 


Igreja velha
Alminhas 

Igreja Nova



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vila Frescaínha São Martinho


Historia 



Tudo leva a crer que povoamento inicial nesta área de Barcelos, foi aqui implantado nestas villa e (São Martinho e São Pedro). Provavelmente no início, uma só, povoada ou concedida a funcionários do fisco. Ao que parece ainda em 1220, só havia uma paróquia dita "De Sancto Martino de VILLA FISCAIA, de Terras de Neiva ". O rei tinha aqui propriedades Reguengas.
Em 1258 , já eram duas. A outra é dita de São Simão. O rei detinha o padroado das igrejas.
Em 1320 documentam-se três paróquias e igrejas: a de São Martinho, a de São Simão que se extinguiu e já a de São Pedro.
No topónimo Telheiras, um sítio localizado num "extenso terraço fluvial onde abundam os seixos e o barro, ambos bem patentes no corte realizado para aumentar a Av. Nossa Senhora da Franqueira "as características do terreno, mais a abundância da matéria-prima, terão levado à instalação, no decurso da romanização, de um ou mais fornos cerâmicos e de um habitat que, à partida, pertenceria aos trabalhadores que neles operavam" (Dr. Brochado de Almeida). Os vestígios cerâmicos confirmam esta ocupação romanizada. Os serviços de arqueologia da câmara, guardam mesmo uma grelha de forno romano, em princípio encontrado aqui.
Também a Quinta de Paço Velho, parece ter incrustadas nas paredes do seu velho solar de reminiscência quinhentistas, pedras romanas duma provável Villa ou Casal do Baixo Império.
A actual Igreja de São Martinho, está deslocada em relação ao sítio onde esteve a sua antecessora.
Aí, apareceram tegulae, provavelmente duma sepultura em caixa duma necrópole romana ou tardo-romana.
Em São Martinho, registemos as Capelas da Senhora da Oliveira, a de Santa Ana, junto à casa do Benfeito, a de Santo André, desaparecida e que já estava no perímetro urbano de Barcelos, a da Senhora da Penha, junto à Casa da Peneda e a de São João, junto à do Barral.
No sítio onde se diz ter existido a primitiva matriz, ergue-se o Cruzeiro Paroquial. Em Casa de Nil existem as "Alminhas do Casal do Nil" e no lugar do Carregal, encontram-se umas "Alminhas" que recebem o nome do lugar (Sebastião Matos).Do património rural edificado, que é abundantíssimo, salientemos as Casas do Benfeito (brasonada), a da Ordem do Carregal, da Peneda (brasonada), do Quinado, do Barral (brasonada), a do rio da Vila, do Olhal, da Casa de Nil ou do Quintas (brasonada) e a de Vila Meão. Na casa de Nil (um topónimo, talvez derivado duma VILLA de NIQUI) esteve sediado o Morgado de Nossa Senhora da Oliveira de Casal de Nil, mais tarde herdado pelos Mendanha Arriscado.
A freguesia é atravessada pelo rio de Vila, afluente do Cávado.
No século XVI, a freguesia tinha 102 moradores, no século XVII, 42 vizinhos, no século XVIII, 51 fogos e no século passado, 384 habitantes. Cresceu muito desde então e hoje, com uma área de 386 hectares, tem para cima de 2.000 habitantes.


Factos


Tipo- Freguesia 
Presidente- Américo Carvalho
Total- 3,86 km2 
População2 219
Densidade- 574,9/km2  


Localização


41° 32' 06" N 8° 38' 45" O

Brasão


Escudo de vermelho, uma mitra de ouro brocante sobre um báculo e uma cruz prelatícia, de prata, passados em aspa; campanha de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ VILA FRESCAÍNHA – S. MARTINHO “.

Lenda





Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.
Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho

Instituições 


  • Associação Desportiva e Recreativa da Juventude de Vila Frescaínha S. Martinho
  • Centro Columbófilo de S. Martinho
  • GASC - Grupo de Acção Social Cristã
  • Grupo Coral de Vila Frescaínha S. Martinho
  • Grupo de Jovens (Amigos da Fé)
  • Associação de Pais da EB1 do Aldão e EB1 António Fugaça

Imagens da Freguesia
Cruzeiro

Junta de Freguesia

Igreja 

Campo de Jogos







segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Barcelos

Antes de falarmos das nossas freguesias vamos fazer uma breve introdução ao concelho de Barcelos
mapa do concelho de Barcelos
  • O concelho de Barcelos localiza-se no centro do Minho e explana-se ao longo de 89 freguesias. É o concelho que tem o maior número de freguesias do país, com uma área de 379 Km2. Possui uma magnífica diversidade paisagística bem à imagem do Minho
  • A população com menos de 24 anos residente no concelho ronda em termos percentuais os 46%, tornando-o o concelho mais jovem de Portugal.
  • O concelho é atravessado pelo rio Cávado, com percurso no sentido Leste/Oeste, que vai desaguar em Esposende. Divide o concelho sensivelmente em duas partes iguais e passa do lado nascente da cidade de Barcelos.
  • Na zona histórica da cidade temos também a ponte medieval, acabada de ser construída no ano de 1328.
  • A Festa Municipal com mais tradição e mais conhecida é a Festa das Cruzes. Realiza-se nos dias 30, 1, 2 e 3 de Maio. Estas comemorações fazem com que o dia 3 de Maio seja Feriado Municipal em Barcelos. Nestas datas, a escola aproveita o feriado municipal e encerra as suas actividades lectivas por mais um ou dois dias além do Feriado Municipal.
  • O Artesanato constitui sem margem para dúvidas um dos maiores centros de “Arte popular” de Portugal, tal é a variedade de peças artesanais aqui conhecidas. Estas possuem um cariz acentuadamente rural e popular e são o mais fiel espelho da fantasia e mestria desta gente de coração minhoto. A mais emblemática lenda da terra – a Lenda do Galo – fez com que o imaginário dos mestres artesãos desta terra criasse a mais representativa imagem de Portugal Popular – O Galo de Barcelos –, símbolo máximo da alegria e da tradição de um povo e de uma cultura enraizada nas suas tradições.
  • A indústria têxtil está também muito implantada no concelho de Barcelos. É uma actividade muito importante pelo desenvolvimento que dá ao concelho e pelos postos de trabalho que cria.
  • O Folclore é a imagem da alegria e da rica tradição cultural que este concelho teve ao longo da História. Espelho desta riqueza é o seu traje tipicamente minhoto, garrido e diversificado, mas que recolhe as características típicas desta zona do Vale do Cávado.